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Educação Cristã: Repensando o uso de telas, protegendo seus filhos em um mundo digital

 



Sabe aquele final do dia onde tudo parece ter acabado com as crianças na cama e você se percebe olhando para a TV à procura de alguma coisa?


Pois é, há um tempo atrás passei por isso e felizmente (e acredito que pelas mãos de Deus) acabei “estacionando” no canal Nat Geo, que por sinal estava passando um programa (não sei bem se é um programa ou documentário) cujo o título é: “SCREENED OUT: DEPENDÊNCIA TECNOLÓGICA”.


Como pai, cristão, apaixonado por crianças, acabei ficando para assistir.


Antes de mais nada, recomendo a quem puder assistir no modo “aprendizado” e não no modo “entretenimento” para assim poder também aprender e a repensar comportamentos não só com relação ao uso de equipamentos eletrônicos como que tipo de comportamento estamos apresentando aos nossos filhos.


Fiquei impressionado com o conteúdo


Não sou daqueles que fica 24 horas por dia no celular, muito menos em redes sociais. Claro que faço uso, mas procuro nomina-las como mais algumas ferramentas de trabalho.


Também não sou psicólogo, psiquiatra, muito menos pediatra. Apenas pai do Gabriel (atualmente com 07) e da Victoria (com 05).


Não estou aqui para julgar o quanto o uso excessivo de equipamentos eletrônicos faz mal às pessoas, porém dentre várias coisas que vi e aprendi, o que me chamou a atenção foi o uso muitas vezes descontrolado por crianças.


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Aqui quero fazer uma pausa para citar um exemplo pessoal. Leandra (minha esposa e mãe das crianças, glória a Deus) e eu sempre tivemos a política do uso limitado de telas, e quando falo em limitação isso significa: tempo e conteúdo.


No entanto, em um determinado momento, percebi que o Gabriel estava passando mais tempo do que havíamos combinado e pior, isso já estava acontecendo há um bom tempo. 


Fiquei extremamente chateado comigo por não ter percebido antes, mas assim que cheguei a conclusão, fiz o trabalho de casa procurando saber qual o tempo indicado para uma criança na idade dele, que tipo de informação deve receber e como controlar tudo isso, seja  no celular, na TV ou no computador.


Depois dessa “ginástica toda” então fui para a prática: sentei com o Gabriel e a mãe, deixei claro como as coisas iriam funcionar daqui para a frente, e assim começamos a nos posicionar sobre o assunto.


Parecia ser uma tarefa fácil, afinal era só dar as ordens e fazê-las serem cumpridas. No entanto, nas primeiras duas semanas ele (Gabriel) se tornou uma criança totalmente diferente daquela que conhecemos.


Como tive um pai alcoólatra e “tomei” conta dele por um bom tempo, comecei a perceber no Gabriel atitudes de um viciado: mudanças de humor constante, não conseguir dormir, dizer que não tem nada para fazer, não se lembrar dos brinquedos que tinha, dificuldades em brincar. Foi um momento impressionante da minha vida como pai.


Assim, ao ver este programa logo me veio à cabeça esta experiência que tivemos com nosso filho, o quanto acertamos e o quanto precisamos melhorar como pais.


Infelizmente para quem não tem a possibilidade de pagar por pacotes sem anúncios no Google ou outras ferramentas, fica sujeito aos algoritmo deles o que leva a criança a passar por experiências visuais, auditivas e cognitivas através de jogos que vão totalmente fora do que acreditamos ser corretos, principalmente sendo cristãos que procuram respeitar não só os mandamentos mas os valores.


Tão impressionante quanto, foi descobrir que de forma pensada ou não, muitos programas ou jogos fazem com que as crianças tenham um desejo incontrolável de querer mais, e mais e mais.


E foi assim que peguei a Victoria fazendo uns passinhos e repetindo algumas músicas que nem em sonho chegam de forma racional dentro do nosso cotidiano, como o Funk por exemplo, o que está em desacordo com os nossos valores.


E também foi assim que descobri que as ferramentas de bloqueio disponíveis não fazem o serviço como devem, afinal quanto mais tempo em tela, maior o faturamento dessas empresas.


Uma matéria publicada pela 1BBC Brasil citou uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard com o apoio da Universidade Federal do Ceará aponta que:

  • 69% das crianças com até 5 anos de idade ficam expostas mais tempo em telas do que deveriam.

  • 41,7% dos recém nascidos tiveram acesso a vídeos e outros estímulos visuais.

  • E esse número sobe para mais de 85%, quando as crianças estão na faixa dos 4 a 5 anos.


1 Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-60853962


E nós, como família, estamos procurando resolver isso?

  1. Revendo todos os horários em que eles têm contato com telas incluindo aqueles 5 minutinhos inocentes enquanto o papai e a mamãe estão “ocupados”.

  2. Deixando claro para eles a cada choro ou manha qual o impacto de ficar refém de uma tela, seja lá fazendo o que for.

  3. Não deixando portas fechadas, muito menos usar fones de ouvido (assim conseguimos saber o que estão fazendo, mesmo a distância).

  4. Averiguando no momento do uso o que estão consumindo e caso seja algo fora do combinado, aplicando um castigo.

  5. E por fim, porém não menos importante, procurando demonstrar na Bíblia porque devemos ou não devemos seguir o que as pessoas estão fazendo, para que elas possam aprender, entender e tomar decisões baseado no que é importante: os valores cristãos, mesmo quando estivermos longe.


Vai dar certo? Não sei, porém não podemos ficar omissos, não podemos fazer corpo mole, simplesmente não podemos, pois como está escrito na Bíblia em Provérbios 22:6:

Instrua a criança segundo os objetivos

que você tem para ela,

e mesmo com o passar dos anos

não se desviará deles.


E para que tudo isso aconteça é necessário realizar um exercício diário de paciência, desejo e gratidão pela benção que é ter filhos, mesmo sabendo que precisaremos transpirar 99% do nosso tempo.


Sem querer ser “estraga prazer”, e sem querer dar spoiler, duas situações naquele programa me chamaram a atenção:

  • Primeira: O filho de um casal que morreu de fome (isso não foi brincadeira) enquanto os pais ficaram na frente (não me lembro ao certo) de um videogame ou TV por mais de 10 horas consecutivas em um jogo cujo objetivo era tomar conta de um bebê, acredite!
  • Segunda: Me reconectar com o conceito “atenção plena”. Apenas relembrar o significado deste termo mudou em muito o que já imaginava ser correto. Também tive a oportunidade de aprender o conceito da “atenção relativa". 

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Foi incrível perceber que as crianças, ainda no colo, já sabem que os pais estão dando prioridade para o celular, a TV ou computador e não ao seu filho.


Enfim, espero que com estas palavras possa contribuir para você pai, mãe ou quem quer que seja: nossos filhos querem, precisam e merecem atenção plena para se sentirem felizes, e como treinador de pessoas, posso garantir que não são apenas as crianças que querem e precisam disso.


Crie um tempo livre sem tecnologia por semana: algumas horas, alguns períodos, não sei, pense, reflita, pois é isso que estou fazendo em meu exercício diário de educar os meus por aqui.


Eduque seu filho a brincar. Parece loucura mas não é. Fiz isso com as crianças quando eles disseram que seus brinquedos não tinham mais graça. Os ajudei a validar conceitos e usar da criatividade. Foi super legal.


Que Deus abençoe você e sua família hoje e sempre.


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